Sentir...

Origami...sentir.





Uns conhecem outros não. Uns fazem outros não. Mas todos gostam quando vêm.
Origami é uma arte que veio do Japão, mas que é do Mundo inteiro.
Quando temos um papel na mão, podemos fazer com ele tudo o que quisermos . Uma casa, um animal, um carro, um barco, um coração, uma estrela e neles depositar os nossos sonhos, transpor para esse pedacinho de papel a nossa imaginação e criatividade, o nosso sentimento.
Se para muitos Origami é só dobrar um papel para mim é mais do que isso. É transpor para esse papel o que eu sinto, por exemplo: quando eu dobro um pássaro eu transmito-lhe movimento, vida... a sua essência, o seu simbolismo.
Quando nos pedem para dobrar algo para o Verão... Pensamos em mar, sol, areia, praia, ar livre. Quando nos pedem algo para a Primavera pensamos logo em borboleta, flor, cor, alegria.
Quando dobramos uma Rosa de papel, pensamos na sua complexidade, na complexidade da vida, do crescimento humano e em toda a sua beleza e logo pensamos em como tão bem cheira uma rosa. Ela não está viva mas tem a vida que lhe transmitimos.
Então tudo isto é carregado de simbolismo. E tudo tem simbolismo. A forma como olhamos os outros e nós próprios está carregada de simbolismo e tudo isso é passado para o papel quando o dobramos.
Quando dobramos uma Estrela pensamos em brilho, Natal, esperança... e essa estrela colada num simples palito de bambu se transforma numa varinha mágica que, na nossa mente pode transformar o Mundo.
O italiano Vittorio-Maria Brandoni que fundou uma escola de origami baseado em princípios Zen, acredita que o origami não deve exprimir unicamente um "esteticismo vazio", mas ser antes uma atitude perante a vida e a natureza.
Por isso eu digo e sinto que Origami não é só dobrar um papel.

Albertina Fonseca
Texto escrito em 15 de Abril de 2014 para o Flávio colocar no face dele no Álbum Trabalho.

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